Há mais ou menos três meses, o fazendeiro Edilberto Afonso de Moraes, o Betão, foi autuado pela fiscalização do Ibama por ter colocado onça-pintada para lutar em rinha contra quatro cães da raça pit bull.
Para deleite da platéia, os cães acabaram mortos e a onça saiu gravemente ferida da luta. Mas acabou sobrevivendo e permanece em poder do fazendeiro, que passou a ser o fiel depositário do animal.
Na terça-feira, Eriel Ponche de Lima foi assassinado com um tiro na cabeça, durante a madrugada, porque pescava tambaqui, sem autorização, na fazenda Piracema, a propriedade de Gilberto Afonso de Moraes, irmão do ex-deputado Júnior Betão, ambos filhos do fazendeiro Betão.
Três dias depois, dois jagunços, apresentados à polícia como vigias, foram instruídos de modo cômico pelo advogado Florindo Poersch, presidente da OAB-Acre, a alegarem que o pescador fora assassinado por outros pescadores durante um tiroteio por desentendimento na partilha dos peixes.
Existem centenas de famílias desempregadas e com fome, que foram transferidas de áreas de alagamento para o entorno da fazenda.
A parte mais cômica da história é ter que assistir a defesa que a imprensa faz dos assassinos com a alegação de que o direito sobre a propriedade da família fora violado.
Além de criar bois, peixes, onças e galos de briga, a família Moraes consegue cevar outras crias para a defesa de seus interesses em postos estratégicos da vida pública acreana.
Percebo que a vida volta a não valer nada no Acre. Daqui a pouco começa o desmate para a plantação de cana, soja, a exploração de gás e petróleo...
É a arena da floresta.
2 comentários:
Preferia a vida no Acre de antigamente, ANTES DA VIDA MELHORAR (VIANISMO), pois atualmente LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO NÃO TEM MAIS CEM ANOS DE PERDÃO.O mais afortunado mata.
Onça tem comer vendilhão!!
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