quinta-feira, 14 de março de 2013

CRIME DA TELEXFREE CONTRA A ECONOMIA

Ministério da Fazenda diz que negócio da organização sugere esquema de pirâmide financeira, o que é crime contra a economia popular, e pede investigação da Polícia Federal e do Ministério Público 

Leia nota de esclarecimento sobre as atividades da TelexFree:

"A Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (Seae/MF) vem a público prestar os seguintes esclarecimentos sobre as atividades da empresa Ympactus Comercial Ltda. ME, conhecida pelo nome fantasia de Telexfree:
 
1. As operações da referida empresa NÃO configuram captação antecipada de poupança popular, que é modalidade descrita no art. 7º da Lei nº 5.768/71 e cuja autorização e fiscalização competem à Seae/MF. Desta forma, NÃO cabe à Seae autorizar nem fiscalizar as atividades da Telexfree em território nacional.

2. A descrição das atividades econômicas principal e secundária da empresa não a autorizam praticar atividades de comércio.

3. Não foi comprovada a parceria entre a Telexfree e operadoras de telefonia móvel ou fixa, o que seria necessário para garantir a prestação do serviço de VoIP (voice over IP), conforme ofertado pela empresa.

4. Com base nas informações prestadas pela empresa, a Seae/MF concluiu que estão presentes indícios de duas possíveis irregularidades na relação comercial entre a Telexfree e os divulgadores membros da rede da organização: i. o estímulo à economia informal e ii. a exigência de exercício de duas atividades laborais (como divulgador e como comerciante) para o recebimento de apenas uma.

5. A oferta de ganhos altos e rápidos proporcionados principalmente pelo recrutamento de novos entrantes para a rede, o pagamento de comissões excessivas, acima das receitas advindas de vendas de bens reais e a não sustentabilidade do modelo de negócio desenvolvido pela organização sugerem um esquema de pirâmide financeira, o que é crime contra a economia popular, tipificado no inciso IX, art. 2º, da Lei 1.521/51.
  
Ante o exposto, a Seae/MF encaminhará suas conclusões sobre a questão, contidas na Nota Técnica nº 25 COGAP/SEAE/MF, e o Parecer PGFN/CAF nº 422/2013 ao Departamento de Polícia Federal e à 3ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, para que aqueles órgãos, caso entendam necessário, promovam as devidas investigações sobre o caso.

Secretaria de Acompanhamento Econômico
Ministério da Fazenda
"

3 comentários:

Paulo Wadt disse...

Não vou abordar a legalidade ou não da TelexFree porque não tenho condições para isto no momento.

Também espero que os amigos e conhecidos que estão vendendo o produto não ficarão magoados, pois da mesma forma que fazem ampla propaganda pela internet, não devem ficar ofendidos se for feita alguma análise diferente.

A Microsoft está vendendo o serviço do Office395 por algo em torno de 190 reais (em torno de 16 reais por mês), pelo período de um ano, para até cinco computadores (3,20 reais por usuário/mês). Isto inclui os mais populares editores de texto e planilha eletrônica, além de outros softwares, tendo ainda no contrato a disponibilidade de 20 GBytes de espaço na nuvem para armazenamento de arquivos e também 60 minutos mensais de ligação via IP (o mesmo serviço da TelexFree e que no caso da Microsoft é feito pelo Skype).

Quando vejo os preços da adesão ao Telexfree, minha conclusão é seria possível oferecer um serviço VoIP equivalente ao do Skype e ainda pagar as comissões que são oferecidas e que atraem tantos interessados na divulgação do TelexFree, já que no Telexfree o pacote de serviços é menor e investimento necessário maior.

Fico apenas imaginando se a empresa de Bill Gattes tivesse adotado uma postura de vendas agressiva como esta adotada pelo TelexFreer! Com os produtos/serviços que a Microsoft oferece, estariamos hoje entupidos de Microsoft mais do que já estamos!

Pena que conselho é de graça! Mas eu compraria o Office395.

Paulo Henrique disse...

Tudo que existe no universo foi feito pelas mãos de um supremo criador ( Deus ), ou por suas criaturas, tenho fé!
Também acredito que o mal e a maldade são frutos da miséria e ignorância do próprio Homem, na sua sanha e vontade de obter mais do que lhe é devido e necessário, contrariando a Deus, apropriando-se do trabalho alheio ou dos frutos deste. E se do próprio trabalho deverá obter o homem seu sustento, concluo ainda que todos que assim não agem, são agentes ou manifestações dessa maldade. Desconfio e desprezo-os!
Estas minhas concepções não são novidades no mundo ou de minha autoria, podem chamá-las de como quiser, eu as chamo de Cristianismo.

Gabriel disse...

No Brasil, é assim: um crime é diferente ou recebe tratamento diferente, dependendo da conveniência dos políticos ou das autoridades. Concordo que tudo deva ser investigado. Discordo apenas da ênfase que é dada para os assuntos da conveniência do momento e da autoridade. Que não reproduz isso para todos os casos. Todo mundo vem acompanhando a carnificina que está se transformando o País e não se ver, com exceção dos programas policiais, uma corrente de autoridades revoltadas e querendo achar uma solução eficaz para essa epidemia de crime contra a vida e o patrimônio, onde uma das partes não quer. Agora, quando o crime é do tipo que dá audiência e vitrine para as OTORIDADES, como o da prostituição e esse, que já tão dizendo que é crime, o da telexfree, aí, de repente, o sistema passa a funcionar e o ataque é certeiro igual ao bote de um falcão peregrino a uma pomba, a 300k/h.